27 de dezembro de 2008

Dançar, se remexer, balançar. O sol batendo em seu rosto, e você mesmo assim sem notar. As pessoas apertando tudo ao seu redor, e você só queria saber de sambar. No fim, você me chama para um canto, diz que seus amigos tão ali, e que não seria bom se algo entre nós passasse 'dos limites'. Eu entendo. Como sempre entendi. Mesmo não me conformando. Você percebeu que eu não estava mais contente, e me chama para um canto. É, era assim que era pra ter sido.

25 de dezembro de 2008

A menina do vestido listrado.




Ela andava calmamente, sempre com passos lentos. Não tinha pressa. Foi andando e observando tudo em volta. Foi andando e sentindo tudo em sua volta. Sentir, observar, ouvir. Foi lembrando de um dia que passou parecido com este, mas na verdade, ela estava com um short listrado e com meias no bolso. E neste dia, estava apenas com seu celular no bolso do vestido.
Como são engraçadas as coincidências da vida. Naquele dia, ela esperava, neste dia, ela se afastava. Estava fugindo daquilo que um dia quis que fosse verdade. Neste dia não havia lua grande e amarela. Havia apenas o perfume que lhe atría e lhe repulsava.
Havia o sonho, aquele sonho. Aquelas palavras ditas, tão confusas quanto o sonho todo. Mas também tão verdadeiras quanto a realidade. Sabia que como aquele dia, isto tudo ainda não terminaria assim. Tinha certeza disso.

22 de dezembro de 2008

Tudo girava tão rápido que mal conseguiu distinguir as cores. A coisa começou a tremer, e ela se afastou, porém, não tirou os olhos dali. Pensou em redemoinhos, mas redemoinhos de cores, e sentiu aquele aroma, que amaciava tudo. Ah, sentiu uma imensa vontade de se jogar ali dentro, mas teve medo de se machucar. Começou a ouvir uma musica de fundo, aquela que sempre lhe tocavam. Sentiu-se hipinotizada pelos movimentos circulares e pela música calma. Até que todas as cores formaram um só. O nulo.
Ficar em dúvida pode ser normal, porém, quando você marca duas coisa com duas pessoas diferentes em lugares totalmente diferentes, o que fazer? Pois é, me vi perdida nesta encruzilhada. Não sei o que fazer, nem o que escolher, não sei o que vai ser o certo ou o errado. Não sei a quem magoar.

É, esta é a sina de um geminiano, tem dois lados, dois opostos, duas opniões. E ainda, ser o protótipo de um apaixonado errante.
Ainda não perdi o hábito de mandar emails quando bate aquela crise. Porém, depois de algum tempo, era controlável, mas ontem, deixei escapar. Não sei quais vão ser as conseqüências deste.

20 de dezembro de 2008

trecho do livro: para Francisco, de Cristiana Guerra.

"Você sempre me disse coisas com músicas. Eu sempre disse coisas com todas as letras. Mas percebi que não tenho dito para mim mesma o que eu estou precisando ouvir.
Faltava coragem. Sobrava apego."

É, pelo menos não sou só eu.

19 de dezembro de 2008

É, eu pensei que tivesse terminado. Eu pensei que tudo aquilo tinha evaporado. Mesmo sabendo que eu ainda sentiria o mesmo frio na barriga quando eu estivesse perto de encontrar, que minhas mãos começariam a suar, e que eu teria uma louca vontade de ir embora mesmo meus pés me obrigando ir ao seu encontro. Cansei de te querer, e de saber que tu também me queres. Cansei de amar você, mesmo sabendo que esse amor, o máximo que acontecerá é que ele seja esquecido e posto em uma caixa perto do coração.

Cansei.


(e ao mesmo tempo te quero loucamente.)

13 de dezembro de 2008

Decepção. Mesmo você sabendo que pode esperar qualquer coisa, quando você realmente sabe o que você não queria saber antes, a queda é grande. E a raiva maior ainda. Acho que foi a gota d'água de tudo que eu passei a tarde falando. Tudo foi embora com apenas algumas palavras.
É, decepção.

12 de dezembro de 2008



O sonho mais estranho da minha vida. Mesmo abrindo os olhos falando com minha mãe, quando os fechei, voltou à cena onde eu tinha parado. Não sei se só para mim, mas nunca tinha acontecido isto comigo. E ele, parecia tão real. A pessoa parecia mesmo estar sentada ao meu lado, e anotando coisas, e quando eu olhei pro papel vi ali: um sentimento. Talvez isso mais do que nunca comprove o que Freud disse:"sonhos são desejos reprimidos". É, eu reprimi esse desejo por saber que a realidade é outra, prefiro ficar com ele apenas em meus sonhos, onde eu posso sentir o cheiro e o calor, mesmo que seja falso. Mas, ah que vontade!

10 de dezembro de 2008

Por mais fácil que a gente ache que é, muito mais difícil fica. Quando você acha que não tem mais nada, não sente mais nada, vem isso e lhe dá 'uma rasteira', e você vai de cara no chão. O chão frio, para dar um choque térmico e você ver se acorda 'pra vida'. E, quando você menos espera, tá lá, uma mão, quente e confortante pra lhe levantar e fazer você olhar pra frente. Enxergar coisas que você não via.

3 de dezembro de 2008

Quanto mais a gente quer um amor, mais distante ele fica. Quando mais a gente evita, mais ele se aproxima. Como é estranho esse tal de amor. Quanto mais a gente lembra, mais triste fica. Quando nem lembramos que ele exite, de repente, ele nos surpreende. Podia ser menos complexo.

1 de dezembro de 2008

Um vidro quebrado. De perfume, o nome? Carpe Diem. Aproveite cada momento da vida. Ela sentiu o cheiro daquele perfume, agora todo derramado no chão. Vidro por boa parte. Na mesma hora pensou em comprar outro, mas enquanto limpava o chão ensopado, pensou no significado daquilo. Começou a ouvir músicas que antes tinha esquecido, e seu coração começou a doer. Relembrando coisas do dia anterior. Relembrando o livro que terminara de ler.
O coração doeu e bateu mais forte. Desejou ao menos uma vez, só uma, que seu amor tivesse perto, para lhe abraçar, e fazer com que aquilo se fosse. Pelo menos aquela vez. Será que tinha um amor? Sabia que amava, mas esse amor lhe amava?
Isso fez seu coração doer mais, e aquelas músicas, aquelas lembranças, todas juntas.

Quando eu fiz esse blog, prometi a mim mesma:"Não farei textos do meu cotidiano. Apenas poemas/poesias, e a maioria de preferência, sem sentido algum". Mas eu realmente sinto a necessidade de expressar coisas.
Se você achasse que sua vida está passando muito rápido, talvez seja porque o ano passou muito rápido, e tudo que você aprendeu, ainda não deu tempo de ser digerido. E nem pensado nas causas ou conseqüências.
Hoje li um blog que falava do cheiro. Foi bom saber que o cheiro da pessoa é uma coisa que marca não só para mim. O perfume marca, querendo ou não, cada momento, bom ou ruim.
Me fez pensar nos amores, os passageiros e os permanentes. Nos amores marcantes e nas paixões despercebidas, fugazes. Nas promessas loucas que a gente faz em momentos de declarações e essas promessas, de alguma forma, são para demonstrar o quão grande é esse amor.
E principalmente, na diferença básica entre 'eu te amo' e 'eu amo você'. Depois de muitas discussões com uma querida amiga, chegamos à seguinte conclusão:"Eu te amo é como dizer bom dia, as pessoas não sabem mais a diferença, e dizem a qualquer momento. Eu amo você, é algo mais intenso, que demonstra um amor maior". Se alguém contradizer, não vou ligar muito, pois essa conclusão é minha forma (e a dela) de transmitir algum sentimento.