25 de dezembro de 2008

A menina do vestido listrado.




Ela andava calmamente, sempre com passos lentos. Não tinha pressa. Foi andando e observando tudo em volta. Foi andando e sentindo tudo em sua volta. Sentir, observar, ouvir. Foi lembrando de um dia que passou parecido com este, mas na verdade, ela estava com um short listrado e com meias no bolso. E neste dia, estava apenas com seu celular no bolso do vestido.
Como são engraçadas as coincidências da vida. Naquele dia, ela esperava, neste dia, ela se afastava. Estava fugindo daquilo que um dia quis que fosse verdade. Neste dia não havia lua grande e amarela. Havia apenas o perfume que lhe atría e lhe repulsava.
Havia o sonho, aquele sonho. Aquelas palavras ditas, tão confusas quanto o sonho todo. Mas também tão verdadeiras quanto a realidade. Sabia que como aquele dia, isto tudo ainda não terminaria assim. Tinha certeza disso.

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