26 de janeiro de 2009

Havia se identificado muito com uma personagem do filme. Que, em um mundo onde só há pessoas que sabem fazer algo artístico, a personagem não sabia fazer nada. Ainda não havia encontrado algo que realmente a interessasse. Em relação aos amores, ela sabia apenas o que não queria.

Caminhando, olhou para o pôr-do-sol. Como era misterioso todas aquelas cores em um céu, que muitas vezes possui apenas uma cor. Viu a primeira estrela no céu. Não fez um pedido, pois não achava necessário. Foi apenas como no ano novo, em meio de tantas outras promessas de outras pessoas, prometeu apenas que seria feliz, bem feliz.

É essa felicidade que ela mesma se prometeu que agora questionava, aquele momento, que parecia tão parecido com tantos outros, porém, sabia que era único, aquelas cores, jamais estariam ali daquele jeito. Daquela mistura, daquelas formas indefinidas.

O que será que estava faltando? Já sabia, e sabia daquilo desde que havia visto aquilo, sentido aquilo, que lhe parecia tão familiar. Era música, não para dançar, pois não tinha ritmo (até nisso a personagem lhe parecia familiar.), era apenas pra se balançar, com algumas notas.

Olhou mais uma vez para o céu, e como já era esperado, ele estava de novo se tornando apenas uma cor. E ela, estava se tornando a mesma de novo. Como foi rápido essa mudança.

E voltou. Para a borda da piscina, onde adorava deitar e olhar o céu alguns meses atrás. Foi apenas bom, relembrar tudo aquilo.

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